20 setembro 2006

O ver e o ouvir no processo ensino-aprendizagem...

Este é um assunto que nos parece muito óbvio. De acordo com o material disponível sobre os ouvidos e os olhos, pude confirmar o que já era claro, a visão e a audição estão inteiramente ligadas a recepção de conhecimento, esses sentidos são pontos de entrada e que estão ligados ao nosso cérebro. Acredito que estamos aprendendo desde o nascimento, somos seres inatos, como um "papel em branco". No decorrer da nossa vida adquirimos conhecimento conforme nos é ensinado. Mas será que somente com os olhos e os ouvidos em suas plenas atividades podemos aprender? Os deficientes auditivos e visuais aprendem, desenvolvendo suas habilidades através de outros sentidos. Portanto, não basta ver e ouvir, se não conseguimos entender o que nos é ensinado, se o cérebro não consegue organizar o que recebe, não haverá aprendizado satisfatório. Vários teóricos já tem sua tese formada sobre este assunto como, Piaget, Vygotsky, Pavlov, Skinner e outros, cada qual a sua maneira.

A partir do questionamento feito e de algumas leituras, aqui está um breve relato sobre a relação dos sentidos e conhecimento para estes autores Todas as teorias vistas dependem dos sentidos para acontecer, da visão, da audição, do olfato, do paladar, do tato, obviamente umas mais que outras, enfim, desde que haja a compreensão cognitiva das mesmas.


P
ara Vygotsky (1998), a interação social exerce um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo. Para ele, cabe ao educador associar aquilo que o aprendiz sabe a uma linguagem culta ou científica para ampliar seus conhecimentos daquele que aprende, de forma a integrá-lo histórica e socialmente no mundo, ou ao menos, integrá-lo intelectualmente no seu espaço vital. Nos coloca que a aprendizagem é mais do que a aquisição de capacidades para pensar, é a aquisição de muitas capacidades para pensar sobre várias coisas. Certamente o ato de pensar faz com que a aprendizagem aconteça, mas temos capacidade suficiente para pensar sobre muitas coisas ao mesmo tempo, e construir o conhecimento a partir do ato de pensar.

A visão Construtivista de Piaget, parte do pressuposto de que o conhecimento não precede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas.
Para Piaget, o conhecimento tem início quando o recém-nascido, através de seus reflexos que fazem parte de sua bagagem hereditária, age assimilando alguma coisa do meio físico ou social. Ele se dedicou a estudar, a partir das estruturas iniciais do recém-nascido as sucessivas estruturações, discernindo um conjunto de etapas características, chamadas estágios ou níveis de conhecimento.

A
teoria do condicionamento reflexo surge com Pavlov (1849-1939), fisiólogo russo, que desenvolveu experiências com cachorros investigando os comportamentos reflexos originados por estímulos. Ele analisou o processo de salivação produzido por um estímulo, inicialmente neutro. A salivação, resposta condicionada, era provocada no animal após o toque de uma campainha à qual seguia-se imediatamente uma porção de carne. Depois de algum tempo em que o estímulo (pedaço de carne) foi retirado, a campainha torna-se capaz de eliciar a resposta de salivação.

B.
F. Skinner (1904-1984), psicólogo americano, utilizou o modelo experimental de Watson para o estudo do comportamento humano, sendo sua teoria conhecida como "Condicionamento Operante" . O homem é uma caixa preta, na qual não se enxerga o que ocorre dentro, somente o que nela entra e dela sai. Desta forma, um estímulo gera uma resposta e isto basta. O estímulo pode ser chamado de reforço, que nada mais é do que a recompensa. Este reforço pode ser positivo, no caso em que o estímulo apresentado após a resposta aumenta a probabilidade de ocorrência da mesma. O reforço é dito negativo quando a resposta reforçada é aquela que elimina um estímulo aversivo. Tanto um reforço como o outro aumentam a probabilidade de resposta. A extinção do estímulo elimina uma resposta pela supressão do reforço e uma punição visa à eliminação de uma resposta pela apresentação de um estímulo aversivo.

Espero ter colaborado um pouco mais...

2 comentários:

Blogger de Marisa Bilthauer disse...

Oi, Ana

Acredito que a linguagem tem um papel de extrema importância na produção do conhecimento, mas não somente a linguagem falada, mas também a escrita, os sinais, as imagens, jogos e outros estímulos. O que possibilita a qualquer pessoa aprender, desde que com estímulos adequados e respeitando o seu próprio tempo e rítmo de aprendizagem.

Um abraço

Marisa

Gílian Cristina Barros disse...

Olá!
Já que estamos fando de linguagem.
A informática, seria uma forma de linguagem, o que acham?

Abços macios!