28 setembro 2006

Método Clínico Piagetiano...

Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado pelas estruturas internas do sujeito (porquanto estas resultam de uma construção contínua) nem pelas características do objeto (já que estas só são conhecidas graças à mediação dessas estruturas). Todo conhecimento é uma construção, uma interação, contendo um aspecto de elaboração novo. Essa linha piagetiana nos acompanhará no decorrer das nossas reflexões. A partir da leitura do texto sobre o método clínico piagetiano, pude perceber suas formas de execução que passam pela análise do conteúdo do pensamento infantil, pela observação pura estudando as perguntas espontâneas das crianças e pelo método inspirado no exame clínico psiquiátrico (aliando à observação pura e a interrogação), a conversa com a criança, seguindo suas respostas, colocando problemas, levantando hipóteses controladas, objetivando descobrir os processos de raciocínio subjacentes às respostas. Nesse terceiro processo a dificuldade do investigador é saber observar (sem interferências) e saber buscar algo preciso, uma teoria (que requer objetividade e conhecimento de caso). Acredito que seja possível utilizá-lo em sala de aula, desde que sejam com turmas menores, e que o professor tenha o conhecimento sobre tal análise, além da formação e habilitação para a docência, pois acredito que o método exige extrema observação de cada aluno, de forma individual. Para isso requer tempo, qualificação e turmas pequenas. Seria, ao meu ver , impraticável numa turma de 25, 30 alunos. A aplicação do método necessitaria de apoio pedagógico (orientador, supervisor, direção), através da definição de metodologia e planejamento, em que tais informações, obtidas pelo professor, ficassem arquivadas para que todos os professores pudessem ter acesso. Com o aluno, esse método poderia ser colocado em prática em diversas atividades desenvolvidas em sala de aula (através do conteúdo interdisciplinar) ou fora da sala de aula em atividades diversas, como saídas de campo, passeios, atividades em biblioteca, sala de vídeo, buscando interagir com o discente, através de seus comentários espontâneos, estimulando sua participação. O que será necessário para desenvolver esse método, vai ser um tempo maior, uma disponibilidade maior, uma adaptação das práticas escolares para se poder concretizar na escola essa aplicação.

20 setembro 2006

O ver e o ouvir no processo ensino-aprendizagem...

Este é um assunto que nos parece muito óbvio. De acordo com o material disponível sobre os ouvidos e os olhos, pude confirmar o que já era claro, a visão e a audição estão inteiramente ligadas a recepção de conhecimento, esses sentidos são pontos de entrada e que estão ligados ao nosso cérebro. Acredito que estamos aprendendo desde o nascimento, somos seres inatos, como um "papel em branco". No decorrer da nossa vida adquirimos conhecimento conforme nos é ensinado. Mas será que somente com os olhos e os ouvidos em suas plenas atividades podemos aprender? Os deficientes auditivos e visuais aprendem, desenvolvendo suas habilidades através de outros sentidos. Portanto, não basta ver e ouvir, se não conseguimos entender o que nos é ensinado, se o cérebro não consegue organizar o que recebe, não haverá aprendizado satisfatório. Vários teóricos já tem sua tese formada sobre este assunto como, Piaget, Vygotsky, Pavlov, Skinner e outros, cada qual a sua maneira.

A partir do questionamento feito e de algumas leituras, aqui está um breve relato sobre a relação dos sentidos e conhecimento para estes autores Todas as teorias vistas dependem dos sentidos para acontecer, da visão, da audição, do olfato, do paladar, do tato, obviamente umas mais que outras, enfim, desde que haja a compreensão cognitiva das mesmas.


P
ara Vygotsky (1998), a interação social exerce um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo. Para ele, cabe ao educador associar aquilo que o aprendiz sabe a uma linguagem culta ou científica para ampliar seus conhecimentos daquele que aprende, de forma a integrá-lo histórica e socialmente no mundo, ou ao menos, integrá-lo intelectualmente no seu espaço vital. Nos coloca que a aprendizagem é mais do que a aquisição de capacidades para pensar, é a aquisição de muitas capacidades para pensar sobre várias coisas. Certamente o ato de pensar faz com que a aprendizagem aconteça, mas temos capacidade suficiente para pensar sobre muitas coisas ao mesmo tempo, e construir o conhecimento a partir do ato de pensar.

A visão Construtivista de Piaget, parte do pressuposto de que o conhecimento não precede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas.
Para Piaget, o conhecimento tem início quando o recém-nascido, através de seus reflexos que fazem parte de sua bagagem hereditária, age assimilando alguma coisa do meio físico ou social. Ele se dedicou a estudar, a partir das estruturas iniciais do recém-nascido as sucessivas estruturações, discernindo um conjunto de etapas características, chamadas estágios ou níveis de conhecimento.

A
teoria do condicionamento reflexo surge com Pavlov (1849-1939), fisiólogo russo, que desenvolveu experiências com cachorros investigando os comportamentos reflexos originados por estímulos. Ele analisou o processo de salivação produzido por um estímulo, inicialmente neutro. A salivação, resposta condicionada, era provocada no animal após o toque de uma campainha à qual seguia-se imediatamente uma porção de carne. Depois de algum tempo em que o estímulo (pedaço de carne) foi retirado, a campainha torna-se capaz de eliciar a resposta de salivação.

B.
F. Skinner (1904-1984), psicólogo americano, utilizou o modelo experimental de Watson para o estudo do comportamento humano, sendo sua teoria conhecida como "Condicionamento Operante" . O homem é uma caixa preta, na qual não se enxerga o que ocorre dentro, somente o que nela entra e dela sai. Desta forma, um estímulo gera uma resposta e isto basta. O estímulo pode ser chamado de reforço, que nada mais é do que a recompensa. Este reforço pode ser positivo, no caso em que o estímulo apresentado após a resposta aumenta a probabilidade de ocorrência da mesma. O reforço é dito negativo quando a resposta reforçada é aquela que elimina um estímulo aversivo. Tanto um reforço como o outro aumentam a probabilidade de resposta. A extinção do estímulo elimina uma resposta pela supressão do reforço e uma punição visa à eliminação de uma resposta pela apresentação de um estímulo aversivo.

Espero ter colaborado um pouco mais...

15 setembro 2006

Vê Epistemológico


Dando sequência às nossas reflexões pude entender um pouco sobre o vê epistemológico com a ajuda das amigas Alessandra, Maria Aparecida, Aida e Helena. O Vê Epistemológico é um instrumento que nos ajudará a organizar a nossa pesquisa, através da reflexão sobre os elementos que a constituem.
Toda pesquisa empírica apresenta dois aspectos fundamentais: uma teoria sobre a qual está baseada, e uma metodologia de pesquisa, que é a responsável pela produção dos dados. Chama-se estes dois aspectos de domínios, sendo o primeiro aspecto chamado de domínio conceitual, e o segundo, domínio metodológico. O resultado da pesquisa será denominado "evento", uma vez que é aquilo que ocorre na realidade e que será analisado na pesquisa.
Com estes itens formou-se um esquema como este representado na figura. O diagrama V, é um dispositivo heurístico criado para representar o processo de produção do conhecimento, destacando, nesse processo, a interação entre o pensar (domínio conceitual e epistemológico) e o fazer (domínio metodológico).
Como atividade, no PROA 6, li o texto sobre o Vê Epistemológico e também um projeto de pesquisa fictício. Deste projeto de pesquisa foi feito um Vê Epistemológico para sabermos como o vê pode ser montado.
Após a leitura, foi feito um vê epistemológico do texto "Exercício com o vê epistemológico", e inserido na nossa página pessoal no pbwiki. O link para estava atividade segue abaixo.

http://metodologia117.pbwiki.com/atividade2_proa6_anabeatrizpr

Diferenças e Similaridades entre os Projetos de Aprendizagem e os Projetos de Pesquisa

Os professores Marie Jane Soares Carvalho e Leonardo Sartori Porto buscaram excertos do texto de Léa Fagundes para embasamento para esta produção e que relata simples e sistematicamente as diferenças e similaridades entre Projeto de Aprendizagem e Projeto de Pesquisa e que pude perceber que existem muitas diferenças e que estamos condicionados a executar um projeto de pesquisa. Automaticamente iniciamos a pesquisa escolhendo um tema de acordo com a vontade do grupo e não com a cooperação entre alunos e professores, precisamos nos adaptar.
A realidade dos alunos é que permeará o Projeto de Aprendizagem e não a escolha do pesquisador é quem elegerá este contexto, satisfazendo assim somente sua vontate. O Projeto de Aprendizagem é um trabalho em equipe sim, mas entre alunos e professores e não o grupo de pesquisadores.
O projeto de aprendizagem leva a construção do conhecimento de acordo com a verificação da realidade de vida do aluno. O trabalho para determinar o paradgma que orientará o trabalho é sistematizado, pois o material teórico é limitado, dificultando a realização da pesquisa.
O papel do professor no Projeto de Aprendizagem é como problematizador/ orientador do tema gerador tendo como agente principal, o aluno, visto que no Projeto de Pesquisa o professor exerce o papel de curioso, socialmente informado, buscar respostas e esclarecimentos sobre os questionamentos que forem surgindo, tendo seus alunos como sujeitos sobre os quais se pensa a pesquisa.
Portanto, pode-se constatar que o Projeto de Aprendizagem visa atender às necessidades, os conflitos, as perturbações, os quesionamentos dos nossos alunos, mediante conhecimento prévio e realidade da vida de cada um deles, "enquanto está em atividade em um determinado contexto, em seu ambiente de vida, ou em uma situação enriquecida por desafios".
A partir desta leitura meu projeto de aprendizagem estará bem encaminhado, pois pude esclarecer dúvidas e solucionar alguns questionamentos que permeavam minhas reflexões.

05 setembro 2006

Conteúdos: Para quê? Por quê?

Ao ler sobre o texto Conteúdos: Para quê? Por quê?Conteúdos: Para Conteúdos: Para quê Conteúdos: Para quê Conteúdos: Para quê , de Beatriz C. Magnalena e Iris Elizabeth Tempel Costa, discute-se sobre a resistência do professor a mudanças na sala de aula através do Projeto de Aprendizagem e a preocupação com relação ao currículo. Estamos avançando a passos largos, e no mesmo momento que nos deparamos com o futuro, ainda estamos no passado, estamos em fase de transição. Assim, podemos perceber que os professores começam a entender um pouco mais o trabalho com projetos, a partir dos interesses dos alunos, possibilitando que construam conhecimento à medida que buscam alternativas de solução para os problemas que estão interessados em resolver. Por outro lado, ainda vêem o ensino sistematizado, normativo e apenas para a mera transmissão de informações. Ora, questionamentos surgem a todo tempo: Como trabalhar então? Ensino para o saber crítico, elaborado do meu aluno ou ensino do jeito que sempre ensinei? Estamos construindo e descostruindo sempre. Devemos então lembrar que um dos diferenciais é a ênfase que a visão construtivista coloca na ação e na experimentação dos alunos, é a transformação do conhecimento prévio deste aluno em prática, busca por sentido, por novas relações do que já sabem e o seu dia-a-dia. Os conteúdos e informações então organizam-se em novas redes ou grades programáticas em função das relações descobertas pelo pensamento individual e pensamento coletivo. Cabe ao professor então sistematizar e organizar esses conhecimentos para que sua prática pedagógica seja adequada a essas mudanças, e o Projeto de Aprendizagem vem de encontro a essa nova perspecitva de ensino-aprendizagem.





01 setembro 2006

Atividade PROA 2... Nosso Mapa Conceitual Atualizado...


Depois de muita reflexão sobre nosso Projeto de Aprendizagem... Essas são as alterações realizadas... Abraços a todos...